Definição
O para-raios é um equipamento de
proteção, que tem a função de eliminar as sobretensões provenientes de
descargas atmosféricas, que curta duração, e manobras no sistema elétrico essas
tem longa duração. Estas sobretensões podem danificar os equipamentos
elétricos, em maior relevância, nos isolamentos.
Por exemplo: Uma onda transitante, que
se desloca ao longo de uma linha de transmissão, encontra um pára-raios, que converte-a a uma
tensão que varia segundo a forma dessa onda. Para um dado valor dessa
sobretensão, o pára-raios (que antes funcionava como um isolador) passa a ser
condutor e descarrega parte da corrente para a terra, reduzindo a crista da
onda a um valor que depende das características do referido pára-raios.
Os para-raios estão sempre ligados aos
circuitos elétricos que se destinam a proteger, devem ser obedecidas duas
condições fundamentais:
Em condições normais de operação do
sistema, não deve conduzir corrente elétrica para a terra;
Depois de ocorrido um distúrbio
elétrico, um surto de tensão, a corrente elétrica descarregada para a terra
deverá voltar a sua condição normal de isolamento.
A primeira condição é evidente, uma vez
que, de outra forma, o pára-raios introduziria uma falta permanente para a
terra, no sistema elétrico a que estivesse conectado.
A segunda condição envolve a definição
de “tensão nominal do pára-raios”. Esta, é a máxima tensão, sob freqüência
nominal do sistema, a que estando sujeito um pára-raios, este é ainda capaz
(logo após ter escoado para a terra a corrente associada a um surto de tensão)
de interromper ou evitar a drenagem para a terra da corrente nominal do
sistema.
A tensão máxima de um sistema a que um pára-raios possa ser submetido por um tempo prolongado, não deve ser superior à sua tensão nominal
pois poderá ocorrer um dos seguintes casos:
1.
Se o pára raios estiver submetido a uma sobretensão, à freqüência do
sistema, superior à sua “tensão disruptiva à freqüência nominal”, ele permitirá
a passagem da corrente elétrica do sistema, enquanto estiver submetido a tal
sobretensão. Se esta for de aplicação prolongada, verificar-se-á a queima do
pára-raios.
2.
Se o pára raios estiver submetido a uma sobretensão, à freqüência do
sistema, superior à sua tensão nominal, porém inferior à sua “tensão disruptiva
à freqüência nominal”, ele permanecerá na sua condição de isolante. Porém, se
for atingido por um surto de tensão associado a uma onda transitante, não
interromperá a passagem da corrente elétrica para a terra, após ter escoado
aquela correspondente a esse surto. Formar-se-á, assim, um curto entre fase e
terra e, possivelmente, verificar-se-á a queima do pára-raios.
Portanto ao selecionar e aplicar um pára-raios, deve-se tomar
cuidado para que a sua tensão nominal seja superior às prováveis sobretensões
prolongadas, à freqüência nominal, a que possa estar sujeito.
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