segunda-feira, 16 de março de 2015

Para raios parte II

Definição

O para-raios é um equipamento de proteção, que tem a função de eliminar as sobretensões provenientes de descargas atmosféricas, que curta duração, e manobras no sistema elétrico essas tem longa duração. Estas sobretensões podem danificar os equipamentos elétricos, em maior relevância, nos isolamentos.
Simbologia de para raio
Exemplo de PARA RAIO POLIMÉTRICO 30KV
    






Por exemplo: Uma onda transitante, que se desloca ao longo de uma linha de transmissão, encontra um pára-raios, que converte-a a uma tensão que varia segundo a forma dessa onda. Para um dado valor dessa sobretensão, o pára-raios (que antes funcionava como um isolador) passa a ser condutor e descarrega parte da corrente para a terra, reduzindo a crista da onda a um valor que depende das características do referido pára-raios.
Os para-raios estão sempre ligados aos circuitos elétricos que se destinam a proteger, devem ser obedecidas duas condições fundamentais:
Em condições normais de operação do sistema, não deve  conduzir corrente elétrica para a terra;
Depois de ocorrido um distúrbio elétrico, um surto de tensão, a corrente elétrica descarregada para a terra deverá voltar a sua condição normal de isolamento.
A primeira condição é evidente, uma vez que, de outra forma, o pára-raios introduziria uma falta permanente para a terra, no sistema elétrico a que estivesse conectado.
A segunda condição envolve a definição de “tensão nominal do pára-raios”. Esta, é a máxima tensão, sob freqüência nominal do sistema, a que estando sujeito um pára-raios, este é ainda capaz (logo após ter escoado para a terra a corrente associada a um surto de tensão) de interromper ou evitar a drenagem para a terra da corrente nominal do sistema.
A tensão máxima de um sistema a que um pára-raios possa ser  submetido por um tempo prolongado, não deve ser superior à sua tensão nominal pois poderá ocorrer um dos seguintes casos:
1.       Se o pára raios estiver submetido a uma sobretensão, à freqüência do sistema, superior à sua “tensão disruptiva à freqüência nominal”, ele permitirá a passagem da corrente elétrica do sistema, enquanto estiver submetido a tal sobretensão. Se esta for de aplicação prolongada, verificar-se-á a queima do pára-raios.
2.        Se o pára raios estiver submetido a uma sobretensão, à freqüência do sistema, superior à sua tensão nominal, porém inferior à sua “tensão disruptiva à freqüência nominal”, ele permanecerá na sua condição de isolante. Porém, se for atingido por um surto de tensão associado a uma onda transitante, não interromperá a passagem da corrente elétrica para a terra, após ter escoado aquela correspondente a esse surto. Formar-se-á, assim, um curto entre fase e terra e, possivelmente, verificar-se-á a queima do pára-raios.
            Portanto ao selecionar e aplicar um pára-raios, deve-se tomar cuidado para que a sua tensão nominal seja superior às prováveis sobretensões prolongadas, à freqüência nominal, a que possa estar sujeito.
          







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